Era manhã e a minha manha me fez
usar da artimanha de dormir um pouco mais
Passada a hora. Eu atrasada.
Fiquei estressada porque estava chateada e desesperada
E a falta de tempo me trouxe um
contratempo porque não me deu nem um meio tempo para pensar na hora que era
agora me levando embora e para fora
Estava com pressa e, depressa e
não pouca-pressa, fiz a compressa na testa e possessa nessa pressa fiz a prece
com pressa
Sem essa!
Com pressa eu não faço a prece
que é uma compressa para a minha dor. Eu disse compressa e não com pressa. Por
que com pressa eu não faço a prece que é a minha compressa, mesmo que eu me
apresse. Promessa
O jeito é correr para percorrer o
querer e o sofrer. E o viver!
Da dor do amador do agressor do
meu autor. É do escritor que falo!
Haja tato para lidar com tato com
todo o contato que nos é colocado. Fato!
Contanto que aja já e haja senso
e não censo, cedo aqui para que cedo ali eu avance na chance do lance com suas
nuances. Mas aí será outra história com outras glórias
Glórias simplórias; glórias
inglórias, mas sempre com dedicatórias. Mesmo sendo inglórias, porém nunca
vexatórias
Isto fará parte da nossa
história. O experimento da dor com sabor, da alegria com alegoria
Bendito o palhaço que é feito de
aço
Que ouve ou vê aquilo que houve.
Que faz capaz e perspicaz
Que faz a vigilância também da
comilança na lambança da nossa andança
No caminho, pego sozinho o
bondinho comendo o meu polenguinho
Mas como sou mesquinho, guardo o
pedacinho só pra mim. Quero sair de fininho, então dou um empurrãozinho
“Vai catar coquinho”, um
nervosinho falou!
Distante ainda o caminho
Por isso, vou dando conversa para
o ambulante que sonha ser comediante. Mas acho que ele se faz um delirante!
Mais perto estou do caminho.
Aperto o incerto, e entreaberto desço no deserto encoberto, mas liberto
Cansado. Mas adequado e adaptado.
Animado com o aprendizado
Chega a noite. Ouço um “boa
noite” da dama-da-noite
É hora de descansar e parar para
aclarar e comparar e, quem sabe, reparar
Era noite. Fui fazer o
chá-da-meia-noite que é o mesmo de ontem
O mesmo, mas não a esmo em torno
de si mesmo
É madrugada. Cansado da andada da
estrada
Durmo para encontrar o rumo
Hora de acordar
Ora, acorda!
Sem se acovardar para enfrentar o
que te faz acomodar. Andar te faz aprofundar
Era manhã e a minha manha...
A rotina é inimiga da adrenalina,
mas elas se completam. E isto é desde os tempos da brilhantina!
A alegria é a alegoria da nossa
autoria
Existência com essência, mas com
advertência!
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